Nelson Babalaô, 90 anos!: João Rios, Tenda de Sambista

quinta-feira, 7 de junho de 2012

João Rios, Tenda de Sambista

Livro escrito por João Rios narrando as história do Mestre Nelson Babalaô
Para acessar clique abaixo
Tenda de Sambista, João Rios

Um comentário:

Roberto Luis11 de julho de 2012 às 07:25
No livro
"Talentos Musicais da Bahia: dos Inéditos aos Inesquecíveis.", de
Amandina Angélica Ribeiro de Santana e Milta de Azevedo Santos, pode ser encontrado um verbete sobre Nelson Babalaô, à página 171.
E Viva o Barraco!
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O sambista da Bahia

Nelson Silvério de Santana nasceu em 20 de junho de 1922, descendente de uma linhagem de nobres africanos, trazidos para o Brasil como escravos. Sambista, poeta e compositor venceu o Festival de Música Carnavalesca da Bahia em 1971, com a música Saravá Babalaô, decorrendo daí o seu nome artístico, Nelson Babalaô.
No Barraco, o "Velho'', como ficou conhecido, exerceu a sua maior vocação: a de orientar para a vida e para a música. Inúmeras foram as canções iniciadas ou concluídas no "Barraco''. Inúmeras foram as pessoas que buscaram conforto, apoio e orientação nas palavras experientes do ''Velho Babalaô''. Dezenas subiram ao palco pela primeira vez por seu incentivo ou entoaram num instrumento seus primeiros acordes ou mesmo se inspiraram para a primeira composição.

Messias, Gogo de Minuto

Minha Homenagem a Babalaô Falar de um sambista como Babalaô é muito difícil .Fui contemplado em conhecer Babalaô e me tornar um dos seus discípulos. Aprendi a compor, a tocar cavaco lá no barraco. Com o grupo mocada do miudinho tocamos com muita gente boa,onde chegávamos éramos respeitados pois tocávamos músicas de verdade. No barraco conheci vários artistas como:Zeca Pagodinho, Almir Guineto, Alcione,Ivone Lara. Lá eu compus minha primeira música Dança dos Negros, participei do festival do ébano,conquistando o 3º lugar entre as feras estavam Tonho Matéria, Gilson Nascimento. A partir daí só compus Muzenza, tive o privilégio de ter minha música Dança dos Negros gravada por Valmir Lima. Através de Babalaô conheci a escola de Samba Mangueira e Dona Zica Jamelão. Todo esse conhecimento e aprendizagem ficará gravado para sempre em minha memória ,pois faz parte da minha trajetória de vida musical. Portanto venho através desta dizer um muito obrigado Família Santana.

Paulinho Kaká

Nelson Babalaô merece ter o trabalho reconhecido na capital no exterior! Meu amigo e irmão, Que conheci naquela sapataria que foi o maior polo de formação de sambista dessa terra. Fiz só uma música com ele. Quando foi ouvida pelo povo d São Paulo casou sensação diferente, pela originalidade. Formador de Adailton 7 Cordas, Edvaldo do Repique, Dicró... Só fez boas amizades e muito mais. Sem Nelson o samba da Bahia não teria as raízes que tem. Que Deus dê tudo que você merece, pois você fez muita gente acontecer... Valeu meu Poeta, meu Mestre, meu Ícone de sentimento e alegria. Você é o orgulho da nossa Bahia... O me barraco é minha fé O um barraco está de pé! Valeu poeta Paulino Kaká e Edvaldo do Repique

Riachão

Dois de dezembro! Noite do samba! O Terreiro de Jesus estava impregnado do cheiro da pipoca doce, e a vermelhidão da maçã do amor acentuava a vibração das notas musicais. O show começava e eu atento esperava a magia triangular da noite: a gravata de Riachão que subia como cobra de mágico; as filhas de Tuninha Luna , duas cadeirudas mulatas de maiô e cheias de pluma de pavão e a inesquecível Claudete Macedo que no final das canções entoava o sua marca inconfundível: TURIBAAÁ! Tinha eu apenas 10 anos e na companhia do meu saudoso pai Nelson Babalaô a minha infância se nutria nas riquezas da vida cultural baiana. Riachão, este é o filho de Nelson Babalaô! “ Então meu filho, me dê outro abraço! Filho do meu companheiro de samba!” Meus olhos marejaram. Em meio à alegria natural dos alunos e alunas vendo diante de si o mestre Riachão, voltei no tempo e vi meu pai a cantar sob o céu e as estrelas, perto da Cantina da lua, e eu à espera da magia triangular, que só a infância pode significar. E mais uma vez eu era menino, na infinita espiral que só a Escola Parque pode me proporcionar: memórias que renascem encantadas em terras que só o amor floresce. Escola Parque, 06 de maio de 2008, Projeto Lanterninha, Nélio Silvério de Santana